abSinto
Os poemas habitam em mim,
Bato a uma porta
E sai tudo o que eu sinto,
Céu, rosas, odores de anis e absinto,
O teu corpo cercado indistinto,
Cravos, mar e cheiros gregos de Corinto
E adormeço neste torpor.
Quero tudo o que eu sinto,
O teu corpo no meio indistinto,
Cravos de cheiro e rosas de inverno,
Fecho os olhos e deixo a porta no trinco,
já tenho tudo o que eu sinto.
E faço um poema que fala de amor.