com o demo

Nesse dia corria uma brisa já fresca de fim de verão. O Diabo apareceu depois do jantar, para tomar café.

Levei-o ao “Teixeira” que já tinha feito remodelações no inverno. Sempre foi poiso sossegado. Depois do café podíamos ir mais para baixo, para a Avenida, beber um copo, se fosse caso disso.

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Logo à entrada do "Teixeira" , o demo pegou-me no braço e perguntou-me “Tens de ter cuidado com o que queres... não achas?” E avisou com ar grave, “Não sei se te diga... de facto não estás bem... tens todo o ar de intoxicação, por excesso de expectativas na matemática da vida. Tens sempre sinal menos e sinal.... mais... estás a perceber!?” ;

"Sabes bem que os teus desejos dependem do... nada! E o pedir vai dos queixos! Mas toda a existência e ciclo de vida dos desejos estão mal explorados. Ao pedires um desejo tu mudas por dentro? Achas que mereces?

Tens de ter cuidado com o que desejas... não achas?

Bem, não interessa o que achas, porque, no fim... tudo depende do... nada!

Bem talvez não... não sei. Talvez haja um instituto, uma sub-organização celeste, que analise o tema dos desejos e dê provimento aos que julga mais meritórios....

Podes ler o que apanhares e passares a vida nesta procura. No fim diz-me o que encontraste.

Se souberes por que desejas talvez seja mais fácil. Ou não...assim de repente não sei o que te dizer. O desejo é um tema ruim para se debater... normalmente acaba em desilusão. E depois, no fim, toda a gente te diz:

-Estás a ver!?

(continuará...)